Em uma dessas fotos sou eu com os meus 7 ou 8 anos. Nessa época eu não tinha ideia do que era uma alimentação saudável.
Um pouco antes disse houve uma fase que eu só aceitava tomar sorvete de morango 🍦 no café da manhã. E meu avô, que fazia todas as minhas vontades, não média esforços pra garantir isso. Foi também por essa idade que a minha comida favorita era linguiça. Eu amava!!! Até um dia que comi tanto que acabei passando mal e resolvi trocar o favoritismo.
Depois disso virou pastel... e, quem me conhece sabe, que é até hoje 😍 Até os meus 11 anos eu bebia refrigerante 🥤 todo santo dia. Pra ser mais específica, guaraná no almoço, no jantar... e por que não no lanche também?
Entre os 10 e 12 anos eu almoçava miojo com salsicha, nuggets ou hambúrguer várias vezes por semana. Quando queria temperar meu miojo de forma diferente, usava margarina!!!!!!!!! 🤮
Eu detestava qualquer coisa que parecesse saudável e com textura “estranha” como alface... afinal “uma folha não pode ser crocante”. Pra tomar sopa, só podia ser uma específica e toda batida... de resto, era uma guerra e eu não ia comer de jeito nenhum. Aos 12 resolvi que queria emagrecer (adolescência, sabe como é 🤷🏻♀) e parei de comer um monte de coisas, mas não aprendi a comer nadinha.
Em uma viagem, dois anos depois, fui chacota da família porque disse que não comia brócolis 🥦 porque a textura de arvorezinha me dava muito nervoso. Minha mãe sempre me cobrou comer mais legumes e verduras. Eu, espertamente, contabilizava pra mim que o alho que refogava o arroz e a cebola do bife já eram o suficiente. E tinha batata... afinal, se eu comia batata já estava muuuito saudável.
Com 17 anos provei kiwi na casa de uma amiga e fiquei maravilhada... uma coisa verde podia ser gostosa 🤔 Deve ter sido uma das primeiras coisas que provei depois da infância. Enfim, alguns dos fatos que me marcaram sobre a minha relação com a comida até os 20.
Agora, imaginem o nó que deu na cabeça de quem me conhecia quando eu disse que ia fazer nutrição 🤣 será que alguém imaginava que eu mudaria tanto?
Eu, particularmente, nunca imaginei!
Querem saber como eu fiz pra mudar isso? Vou contar em alguns passos um pouco do que aprendi nos últimos 10 anos com a minha reeducação alimentar. Na verdade, poderiam ser muito mais do que 10... mas pra mim, esses são os top10:
1. Não dê o dia como perdido. Quantas vezes você começou uma reeducação alimentar (RA) fazendo certo, comeu doce... e aí “já era, agora vou chutar o balde e só volto amanhã”. Se for véspera de FDS, só segunda. O dia não foi perdido, minimize prejuízos nas demais refeições;
2. Não seja 8 ou 80. Se bateu vontade de doce, você pode comer uma fruta com chocolate 70%. Não precisa comer brigadeiro recheado de churros e caramelo. Se estão comendo hambúrguer, ele pode ser melhor? Pão integral e carne magra, por ex? Nas adversidades, encontre possibilidades;
3. Comece pelo mais fácil. Parar de beber refrigerante foi mole, tirar o leite com achocolatado, nem tanto. Para as mais difíceis, arrumei opções prazerosas e aos poucos já não cabia voltar ao anterior. Quando tentei mudanças bruscas, joguei tudo pro alto ou posterguei para a um dia que nunca chegou;
4. Arrisque-se na cozinha: “mas você gosta de cozinhar 🙄”. Nem sempre... Aprendi a gostar mais de comer saudável, quando comecei a cozinhar e passei a cozinhar mais, quando dei valor pra minha comida. Quando entrei na nutrição tudo o que sabia fazer era brownie com achocolatado em pó e MARGARINA 🆘. Né;
5. Não se sabote: quem vai para uma festa infantil e leva maçã, já perdeu. Entre brigadeiro e maçã, fica difícil competir. O ponto é: se ajude, mas se ajude muito. Em situações adversas, me preparo levando doces do bem, minha fruta preferida, chocolate 70%... nao basta ser saudável, você tem que AMAR;
6. Prove de tudo: dificilmente nego provar uma comida. Nossas papilas gustativas mudam e diminuem em quantidade... muitos sabores que rejeitávamos deixam de ser notados. Se até hoje não gosta de X, Y, Z é provável que não os prove há tempos;
7. Organize-se minimamente: tenha opções SOS. Em casa, no trabalho, na mochila... Sem contar o freezer, meu BFF, que tem coxinhas fit, frutas, sopas, refeições inteiras. (Continua nos comentários... 🤩)
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